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Desenvolvedores da bateria de íons de lítio vencem Nobel de Química

Inspirada por trabalhos científicos como os desenvolvidos pelos cientistas vencedores, John Goodenough, Stanley Whittingham e Akira Yoshino, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) tem avançado nas pesquisas de desenvolvimento de baterias com o uso do Nióbio, explorando todas as potencialidades deste elemento para desenvolver uma nova geração de baterias
 

O cientista criador de patente relacionada à tecnologia “Niobium Titanium Oxide” (NTO) para baterias, John Goodenough, foi um dos ganhadores, nesta quarta-feira, do prêmio Nobel de Química pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio. Juntamente com John Goodenough, os cientistas, Stanley Whittingham e Akira Yoshino também foram premiados com o prêmio Nobel de Química pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio, uma importante tecnologia para reduzir o uso de combustíveis fósseis. 

Inspirada pelo trabalho desenvolvido pelos cientistas, a CBMM tem investido, há alguns anos, em pesquisas e desenvolvimento de aplicações em bateria veicular utilizando o Nióbio

Visando acelerar a adoção em massa do Nióbio nesse campo, a companhia recentemente inaugurou uma estrutura dedicada à produção e testes em escala laboratorial, dentro de seu Centro de Tecnologia (CT) em Araxá MG. A empresa atualmente possui desenvolvimentos de aplicações do Nióbio em baterias com empresas de vários países e regiões, como os Estados Unidos, Europa e Ásia. As aplicações podem começar a chegar ao mercado em até 2 anos.

Além de todo o trabalho no CT de Araxá MG, a CBMM investiu 7,2 milhões de dólares numa fábrica piloto no Japão em parceria com o conglomerado japonês Toshiba para desenvolver baterias de carros elétricos que utilizam o Nióbio. Nos testes, as baterias podem ser carregadas em apenas 6 minutos, com autonomia de 350 quilômetros. Atualmente, o Nióbio da CBMM é usado para aumentar a resistência e a flexibilidade de ligas de aço utilizadas, por exemplo, na fabricação de carros, equipamentos de energia e na construção civil.

A fábrica piloto, em construção especialmente para o desenvolvimento de baterias de carros elétricos contendo Nióbio, será situada em Yokohama, no Japão, junto a uma nova fábrica de baterias da Toshiba. 

Agora, o desafio é explorar todas as potencialidades do Nióbio para desenvolver uma nova geração de baterias ao lado dos grandes representantes da indústria energética e eletrônica visando acelerar a adoção em massa dessas tecnologias. No caso da Toshiba, além da alocação de profissionais especializados na a planta-piloto no Japão, a CBMM desenvolveu e irá fornecer o óxido de Nióbio “Grau Bateria”.

 

Além de todo o trabalho tecnológico, a empresa é também a única empresa brasileira patrocinadora da Formula E. A mais famosa competição dedicada a carros elétricos serve como campo de prova e de discussão tecnológica por parte de especialistas do mundo todo. Nos TechDays organizados pela CBMM junto a essa categoria, é comum encontrar grandes expoentes do mundo empresarial e acadêmico. Stanley Whittingham um dos vencedores do Nobel de Química foi um deles, em evento recente realizado em Nova Iorque-EUA.

A empresa, com fábrica na cidade de Araxá (MG) e sedes também em São Paulo, EUA, Holanda, Suíça, Singapura e China é líder mundial no desenvolvimento tecnológico e na produção do Nióbio